CAPÍTULO 6 - O MOSTEIRO

O mosteiro recebeu de São Bento um nome maravilhosamente belo: é a casa de Deus, Domus Dei; nossos pais amavam este nome e, de bom grado, diziam: a casa de Deus, como hoje ainda se diz Hôtel-Dieu.

A casa de Deus está inteiramente submetida ao governo de Deus; Ele a rege pela Sua lei, pelos Seus mandamentos, por Seus conselhos, por Sua graça, por Seu amor. A casa de Deus combate pelo seu rei, e este é Nosso Senhor Jesus Cristo.

A casa de Deus é a morada da paz; imagem do céu, o mosteiro tende a libertar-se cada vez mais de tudo o que é terrestre; seus habitantes, êmulos dos santos anjos, devem viver numa tranqüilidade tal que eles estejam ao abrigo de toda a perturbação e de toda a tristeza. Gosta-se de ouvir São Bento dizer estas encantadoras palavras: Que ninguém seja perturbado ou entristecido na casa de Deus. Nemo perturbetur neque contristetur in domo Dei.

Não se diria que o santo revelou nesta breve máxima toda a doçura da sua alma, toda a ternura do seu coração paternal?

A casa de Deus é também uma escola. Desde as primeiras páginas da Regra, São Bento chama o seu mosteiro de escola do serviço do Senhor. O monge está na escola e sempre deve aprender; a ciência por excelência à qual ele se deve aplicar é o serviço do Senhor.

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