8. – A CELA

São Bento fazia dormir seus monges, “NUM MESMO LUGAR”, em dormitório. “Ele queria que os irmãos de armas não se separassem nem mesmo durante as horas de sono.” Atualmente o dormitório é dividido em celas. “É uma mitigação da austeridade primitiva, mas também um meio de favorecer o silêncio e a contemplação.”

Como são mobiliadas as celas? – “Que o mobiliário das celas respire a mais estrita pobreza: uma pequena mesa para escrever, um banco ou uma cadeira comum, uma bacia e um jarro para água e, como ornamento, uma cruz sem imagem, pintada de vermelho. Três tábuas sobre cavaletes ou numa armação de cama de ferro, com um acolchoado fino, um travesseiro de palha, lençóis e cobertores de acordo com o clima, tal é o leito composto segundo o texto da Regra.” É uma cama dura! – “É preciso que um monge possa dormir. Mas é preciso que o seu sono seja o de um trabalhador e de um combatente, não o de um preguiçoso e de um sensual. É preciso que o monge, se tiver inspiração e força para isso, possa se imolar até no seu sono. A noite deve ser marcada por essa nota de penitência e de imolação quanto à maneira de tomar a medida indispensável de sono.”

Quem cuida das celas? – “Cada um limpa a sua. Isso se faz corretamente, sem lentidão, sem cuidado excessivo. Uma vez adquirida a experiência desse pequeno movimento, é preciso que em dois ou três tempos esteja feito e bem feito.”

Não se fala nas celas… “Quando tiverem necessidade e permissãol de conversar, os monges o farão exclusivamente nos lugares designados para tal.”

“Devemos considerar nossa cela como um santuário.”

“Todas as vezes que a obediência e nossas ocupações nos derem a liberdade para isso, devemos fazer nossas delícias em permanecer nas nossas celas sob o olhar de Deus. É preciso estarmos aí com uma grande dignidade. Não há ninguém? Há Deus. A cela é o vestíbulo do céu, é um segundo santuário.”

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